Não há nada mais divertido do que termos a nossa primeira casa e irmos decorando, a passo e passo, os ambientes como sempre sonhámos. Não menos divertido é abraçar um projecto de remodelação ou decorar uma casa nova. Há algo de muito aliciante nessa folha que está em branco, mas que nos oferece tantas possibilidades.

A decoração permite-nos atribuir personalidade à nossa casa. Sentimo-la, escolhemos-lhe um estilo e começamos a compô-la e a desenhar-lhe os traços de acordo com as nossas percepções, sentido estético e vivências. A nossa casa é um prolongamento de nós próprios e, assim, não pode ser subtraído valor à decoração. Mesmo com um orçamento limitado, há formas de trazer vida aos interiores, designadamente reciclando e abraçando projectos DIY - Do It Yourself.

Nos dias que correm, a inspiração apanha-nos em todo o lado. Vemo-la em revistas, em websites relacionados com o tema, nas redes sociais, etc. Nem sempre é fácil encontrar um foco e determinar por que linguagem estética queremos seguir aquando da decoração dos espaços. Mas nós damos-lhe algumas sugestões. 

Faça uma pesquisa

Como mencionámos, não faltam espaços bonitos que nos inspiram a decorar o nosso. Logo, antes de começar a decorar a sua casa, deverá reunir várias propostas e inspirações e criar uma pasta no computador ou um mood board com as ideias de que mais gostou. Comece por fazer uma pesquisa – não precisa de um critério rigoroso – e depois vá afunilando até começar a chegar a conclusões relativas ao estilo, às cores, ao que a área do espaço permite, às prioridades, ao orçamento, entre outras. Se tiver jeito para a coisa, pode até fazer um esboço do espaço para ter uma ideia sobre o que é que vai para cada sítio. Verá que após a sua pesquisa, será muito mais fácil começar a desbravar caminho.

Determine o estilo

É provável que depois de reunidas as inspirações, consiga detectar aquilo que aparece em maioria. Veja se tem mais divisões com um estilo escandinavo, se tem preferências mais clássicas, se não resiste a uma boa brincadeira ecléctica. As opções são diversas. Acrescentamos, ainda, que se vive com mais pessoas, deve equacionar a opinião delas para gerar um consenso. Mais do que um espaço para habitar, a casa é um espaço para partilhar e a ideia é que todos se sintam bem dentro dela.

​As cores

Esta etapa anda de mãos dadas com a anterior. Ao definir o estilo, ficará com uma ideia das cores que pretende usar. O estilo escandinavo, por exemplo, está mais associado a cores claras, tal como o estilo minimalista e moderno. No estilo clássico, privilegiam-se cores mais expressivas e padrões mais rebuscados. No estilo campestre, não faltarão madeiras claras e têxteis como o linho. Embora nenhum estilo deva ser concebido de forma hermética – ou seja, há sempre margem para o desafiar e atribuir-lhe novos significados – pode estreitar a sua paleta cromática em função daquilo que encontra em cada um.

Orçamento

Na fase de planeamento, o orçamento é uma peça fundamental. Um orçamento mais limitado pode até ser vantajoso no sentido de que tem menos por onde se dispersar. Vê? Nem tudo é mau. Seja como for, seja rigoroso e estabeleça, à partida, um valor. Como é natural, pode ter que o ultrapassar ou pode nem ter que o gastar na totalidade. Para isso, pode sempre definir uma margem. Imagine: “posso gastar 1000€ a decorar a sala, mas idealmente não deveria exceder os 800€.” Se cumprir o tecto mais baixo, ainda fica com 200€ para gastar noutras coisas. Para se manter dentro de um orçamento, uma coisa que pode fazer é comprar tudo o que puder on-line. Evitar ir às lojas é meio caminho andado para não ceder a compras por impulso. Esteja também atento a promoções – para quê comprar um sofá no mês “x”, se no mês seguinte vai estar em saldos? – e a mercados com velharias. Nesses mercados, fazem-se bons achados.

​Um passo de cada vez

Se estiver a remodelar, pode optar por decorar um espaço de cada vez. Se está a decorar de início, não vamos dizer para decorar um espaço de cada vez, pois precisará de usar toda a casa, certo? No entanto, propomos-lhe que se concentre nas peças essenciais – cama, sofá, mesa para jantar – e, aí sim, pode virar as suas atenções calmamente para os detalhes.

Precisa de ajuda com um projeto em sua casa?

Entre em contacto!

Decoração de interiores

Como vê, a decoração interiores é um mundo de possibilidades e os decoradores de interiores têm muito trabalho a pensar cada espaço como um ambiente único e especial para cada cliente. A começar pelo hall de entrada, que cria a primeira impressão ao entrar numa casa. Mas uma decoradora de interiores não irá descurar nenhuma divisão e apesar da cozinha ser um espaço mais prático e funcional não deixa de poder ser decorado com bom gosto e muito estilo.

As principais características de cada estilo decorativo

Estilo escandinavo

O estilo escandinavo privilegia interiores luminosos onde as cores claras imperam. Em ambientes decorados com este estilo, encontrará muitos tons neutros e pastel, assim como madeiras claras. Os ambientes serão arejados com móveis reduzidos ao essencial, mas com pormenores acolhedores com confortáveis almofadas ou uma carpete.

Estilo moderno

O mobiliário modernista é facilmente identificável pelas suas linhas rectas, limpas e puras, com pequenos detalhes curvos e ângulos suaves, onde raramente se encontram pormenores decorativos ornamentais. As cores são neutras, mas podem ser complementadas com apontamentos de outras tonalidades. 

Estilo minimalista

Reconhecido como um movimento pós anos '60, o minimalismo integrou grandes arquitectos, entre os quais destacamos o famoso Mies Van der Rohe que popularizou a frase “menos é mais”. E assim é. O espaço minimalista sobressai pelas suas linhas simples, pela existência do essencial e pela construção limpa e sem excessos. Ao mesmo tempo, a arte e o design tem um lugar sempre marcado para os adeptos deste estilo que gostam de contemplar o belo. 

Estilo rústico

No estilo rústico prepondera a naturalidade dos materiais. A madeira, as vigas no tecto e a relação com o exterior são essenciais. Hoje em dia, este estilo já não é tão levado à letra e integra peças de estilos distintos, numa combinação confortável e harmoniosa. O estilo rústico soube-se manter ao longo dos tempos devido às suas características intemporais e à utilização de materiais nobres que nos fazem sentir especialmente bem ao usufruir de um espaço. 

Estilo clássico

Destaca-se pela sua elegância, intemporalidade e conforto. Usa detalhes ostentosos que nos fazem visitar o passado e sonhar com tempos de opulência e sofisticação. Os ambientes priorizam têxteis com toque, cores e texturas ricas. Os tons bege, ocre, dourado, vermelho, laranja e amarelo estão encarregados de oferecer calor e conforto ao espaço. Os móveis devem-se manter actuais ao longo dos anos.

​Aconselhe-se junto de um profissional

“Pronto, lá se vai o orçamento”, pensará você. “Errado”, dizemos nós. É certo que tem que pagar o trabalho do profissional envolvido no projecto, mas não é menos verdade que os decoradores, designers de interiores, arquitectos, entre outros, estão habituados a gerir orçamentos e necessidades de famílias com circunstâncias distintas. Neste sentido, a ajuda de um profissional pode ser essencial para o ajudar a gerir o orçamento. Não se esqueça que estas pessoas conseguem ver os espaços de outra forma e encontrar potencial em tudo. No fim, não só ficará com o espaço decorado como sempre desejou, como ainda poderá dizer que a sua casa tem muito mais valor.